A nova unidade Júpiter Marina Hotel surgirá no lugar de uma antiga fábrica de conservas de Portimão, estando prevista a inauguração para o segundo semestre de 2017. As obras já estão a decorrer desde o mês passado, tendo sido demolido o edifício junto ao Convento de São Francisco e ao Porto Comercial de Portimão, e em frente à estrada de acesso à Praia da Rocha.
Como memória futura, restará apenas a chaminé da antiga fábrica «Facho», imóvel que estava votado ao abandono. Este elemento será recuperado e integrado nos jardins do hotel, a construir de raiz, adiantou, em entrevista ao Jornal Barlavento, Maribel Sequeira, administradora do Grupo Júpiter Hotéis.
«A chaminé continuará a ter a mesma visibilidade» actual, mas terá um «enquadramento cuidado e valorizado», explicou ainda Hugo Raposo, arquitecto responsável pelo projecto que pretende ser uma lufada de ar fresco naquela zona de Portimão.
A nova unidade ficará a pouco mais de um quilómetro do primeiro hotel do grupo, construído em 1968, na Praia da Rocha. Vai gerar 40 postos de trabalho, terá «150 unidades de alojamento, incluindo seis suites com uma área média de 42 metros quadrados. Duas destas suites terão jardim privativo», avançou ainda a administradora. Ou seja, no topo sul do hotel haverá seis suites, com vista para o rio, e ao nível do primeiro piso, as duas suites terão um jardim privado com cerca de 70 metros quadrados cada, esclareceu o arquitecto. Será um hotel de média dimensão, de quatro estrelas, para o segmento médio-alto.
O tema da unidade ainda está no segredo dos deuses e será uma surpresa, mas baseia-se na cultura e autenticidade da região, confidenciou Maribel Sequeira. «A inspiração e o tema estarão na origem não só do design interior, mas também das múltiplas experiências de lazer, desportivas, gastronómicas e culturais a oferecer a todos aqueles que preferirem» esta unidade para uma estadia, contou ainda.
Levantando um pouco o véu ao projecto, Maribel Sequeira enumera algumas das valências do Júpiter Marina Hotel, como «um amplo rooftop com bar, esplanada e piscina exterior, um moderno spa e fitness center, um restaurante com ambiente e sabores locais». A administradora destaca ainda «as múltiplas soluções tecnológicas indispensáveis para satisfazer as exigências do viajante moderno e os elevados padrões de qualidade ao nível das práticas ambientais». Haverá ainda um parque de estacionamento privado subterrâneo com capacidade para 70 lugares.
Serão as comodidades que, aliadas ao serviço, concretizarão o compromisso de superar de forma contínua as expectativas dos hóspedes, através de uma «equipa de pessoas competentes, motivadas e felizes», reforça a administradora. Uma chancela, aliás, que tem sido a principal preocupação do grupo, pois só com estes adjectivos será possível o atendimento ser de excelência.
A zona escolhida para implementar o hotel situa-se, no entanto, junto a locais públicos e privados que não têm sido alvo de requalificações nos últimos anos. Ainda assim, Maribel Sequeira entende que esta é uma localização «especial», numa boa mistura «entre o urbano, a cidade, a marina e a praia. Está a uma curta distância a pé da marina, da praia, do rio, do Clube Naval, do porto de cruzeiros, dos restaurantes, dos bares, do passeio ribeirinho, dos museus, da zona histórica da cidade», evidenciou.
Haverá, porém, um esforço acrescido para minimizar o aspecto actual da envolvente. Segundo Hugo Raposo, no que toca à intervenção do grupo, «o novo hotel vai recuar em relação à fachada da antiga fábrica», cedendo uma faixa para «alargamento dos passeios, quer do lado do Convento, quer em frente ao hotel». Outra das medidas é a criação de «um espaço verde público entre a nova unidade e o passeio, que contribuirá para qualificar a zona envolvente».
Além disso, «estamos a desenvolver um protocolo com a Câmara Municipal de Portimão no sentido do Júpiter Marina Hotel, durante a sua construção, requalificar a estrada da Rocha, desde o novo hotel até à rotunda da Avenida das Comunidades Lusíadas», garantiu ainda o arquitecto. O Convento em frente não sofrerá qualquer intervenção, pois é propriedade privada.
As parcerias com o Museu de Portimão, tal como já existem na unidade hoteleira da Praia da Rocha, devem ser para continuar neste novo empreendimento. Essa vontade existe, «até porque a nova unidade terá também um tema que nos inspira no design interior e nas experiências que pretendemos proporcionar aos nossos hóspedes. E o Museu de Portimão é parte desse conceito», disse Maribel Sequeira ao Jornal Barlavento.
Há mais sinergias que podem ser uma mais valia, mas ainda estão a ser estudadas. «Estamos a desenvolver outras parcerias ligadas, por exemplo, à gastronomia para que a nossa diferenciação também se faça sentir através de sabores locais, tradicionais, autênticos da região», contou.
O grupo pretende oferecer experiências de lazer, desportivas, gastronómicas aos futuros clientes de forma a tornar a estadia no hotel numa lembrança única que os torne também fiéis na escolha do grupo. «Estas parcerias com empresas locais ainda vão ser desenvolvidas, a pensar no conceito e no espírito da nova unidade. Alguns espaços estarão abertos ao público e tal resulta do próprio ADN do conceito», afirmou Maribel Sequeira. Poderá ser o caso, por exemplo, do bar e restaurante.
Apesar de não querer divulgar números, evidencia apenas que este é um investimento significativo, mas sustentado numa proposta de valor diferenciadora e na capacidade do grupo fazer acontecer aquilo em que acredita Maribel prefere destacar os valores que considera mais importantes para a região e para o bem comum. Assim, serão criados cerca de 40 postos de trabalho, permitindo o grupo crescer para um universo total de 220 colaboradores. Para 2016 e 2017, o crescimento económico será na ordem dos 6,7 milhões de euros, gerando nas contas públicas 800 mil euros, e as exportações 7,6 milhões de euros.
FONTE: Jornal Barlavento
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