A frota da sardinha voltou ao mar no início do mês e, durante a primeira semana, foram vendidas nas lotas algarvias mais de 82 toneladas desta espécie.
(Fotografia de Pedro Noel da Luz)
Os pescadores da região garantem que existe muita sardinha, mas há quem defenda que o limite de captura por barco devia ser reduzido para permitir que a quota não se esgote rapidamente.
Segundo dados da Docapesca, Portimão foi a lota da região onde foi descarregada a maior quantidade de sardinha (mais de 69 toneladas), no período de 2 a 6 deste mês. O preço médio por quilo cifrou-se nos 90 cêntimos. Quarteira foi a lota em que o valor alcançado foi mais alto (1,18 euros/quilo), mas a quantidade vendida não chegou às cinco toneladas.
Nesta altura, a sardinha ainda não está gorda, pelo que se destina sobretudo ao abastecimento de fábricas de conserva. O preço é, por isso, relativamente baixo. Nos últimos dias, a generalidade dos barcos tem ficado em terra, devido ao mau tempo. O Governo estabeleceu um limite de capturas por embarcação. As traineiras de maior dimensão (comprimento superior a 16 metros) podem trazer para terra até 3,75 toneladas.
Jorge Vairinhos, da Barlapescas, defende, no entanto, que a quantidade devia ser reduzida, "para esticar mais no tempo a quota disponível". Miguel Cardoso, da Olhãopesca, partilha da mesma opinião.
Nestes primeiros dias, os pescadores "observaram sardinha em abundância, nomeadamente juvenis", diz o dirigente da Olhãopesca, adiantando que "é bom sinal", pois indicia "a renovação dos stocks".
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