O ministro da Saúde, Paulo Macedo, negou hoje a existência de um surto de tuberculose no Hospital de Portimão, sublinhando que apenas foram detetados dois casos em enfermeiros do serviço de urgência.
"Há dois casos de tuberculose, um dos quais foi detetado num rastreio que foi feito. O que nos preocupa, obviamente, é que não haja casos adicionais e que estejam a ser devidamente tratados", disse.
"A informação que me foi dada é que, precisamente, o rastreio foi feito e as pessoas estão a ser tratadas", acrescentou.
Paulo Macedo falava aos jornalistas, em Portalegre, à margem da cerimónia de reinauguração do serviço de cirurgia da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), que contou com um investimento superior a 1,9 milhões de euros.
Confrontado pelos jornalistas sobre as críticas que têm surgido por parte dos sindicatos de enfermeiros sobre os casos de tuberculose no Hospital de Portimão e a forma como são conduzidos os rastreios, Paulo Macedo escusou-se a comentar.
"Não vou discutir os procedimentos cirúrgicos, terapêuticos e de rastreios num hospital e queixas de sindicato de enfermeiros - nesta altura tem havido várias", disse.
O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) já tinha confirmado a existência de dois casos de enfermeiros do serviço de urgência de Portimão diagnosticados com tuberculose, mas assegurou que "têm sido devidamente acompanhados pelo serviço de saúde ocupacional do CHA", que desenvolveu "todos os protocolos de tratamento e monitorização, com planos terapêuticos e os meios complementares de diagnósticos adequados".
A administração do centro hospitalar lamenta que "situações passíveis de ocorrer em todos os hospitais do mundo possam ser utilizadas para o combate político" e sublinha que todas as profissões ligadas à saúde "estão sujeitas a um risco potencial acrescido" de contrair doenças.
Durante a passagem pelo Hospital de Portalegre, Paulo Macedo atribuiu ainda ao comendador Rui Nabeiro a medalha de ouro de Serviços Distintos do Ministério da Saúde.
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