O presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), João Franco, disse hoje que as obras que permitirão que o porto de Portimão receba navios de cruzeiro de grande porte não avançam antes de 2017.
Em declarações aos jornalistas, aquele responsável disse que a APS encomendou um estudo, ainda em curso, que simula as condições operacionais do porto de Portimão para receber navios de variadas dimensões, indicadores que estão agora a ser avaliados pelos peritos de pilotagem daquela entidade.
Falando durante um balanço da atividade dos portos que integram aquela administração, João Franco esclareceu que antes do final deste ano não haverá nada de "conclusivo" relativamente ao projeto, estimando que, em 2016, possam avançar os concursos e a preparação das candidaturas a fundos comunitários e, em 2017, as obras no terreno, caso se conclua que o investimento é viável.
"Avançaremos passo a passo, solidamente, porque estamos a falar de investimentos muito avultados", disse, por seu turno, José Pedro Soares, administrador da APS, sublinhando que ainda não se sabe qual a dimensão máxima dos navios que poderão entrar no porto de Portimão, após realizadas as obras e dragagens.
Nos últimos 12 meses, a APS investiu aproximadamente três milhões de euros na requalificação e ordenamento dos portos de Faro e Portimão, com o apoio de fundos comunitários, o que permitiu melhorar as condições operacionais daquelas estruturas.
No cais comercial de Faro, além das obras de reparação de emergência do abatimento e caminho de rolamento dos guindastes e do ordenamento da área portuária, foi disponibilizada uma área de dez hectares para a instalação de empresas.
No caso de Portimão, está também concluída a reabilitação do cais Ro-Ro (do inglês ‘roll-on roll-off’, carga que embarca e desembarca sobre rolamentos) e a obra de reabilitação do cais flutuante Bartolomeu Dias.
O porto de Portimão recebeu, no ano passado, 34 escalas de navios de cruzeiro, mas prevê-se um aumento para 48 durante o ano de 2015, sendo também expectável um aumento "significativo" do número de passageiros, segundo José Pedro Soares.
Aquele responsável estima ainda um crescimento de 10% no volume de carga transportada no porto de Faro, sobretudo cimento, uma vez que aquela infraestrutura, por enquanto, não recebe navios com passageiros.
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