"Naquele dia eles vieram com as pistolas para nos matar. Um foi apanhado pela Polícia Judiciária mas o juiz mandou-o em liberdade e agora temos medo que eles voltem para acabar o que começaram." José Maria Marques, de 33 anos, e Vítor Manuel Marques, de 29, dizem viver um pesadelo.
José Maria (à esquerda) e Vítor (à direita)
Dia 4 de Novembro, os dois irmãos, mariscadores, foram alvo de uma tentativa de homicídio por parte de outros dois irmãos, de uma família rival, em Portimão. José Maria foi baleado no peito: a bala, de 6.35 mm, ficou a quatro centímetros do coração. Vítor foi atingido nas costas e a bala saiu pela frente. "Dispararam contra nós e fugiram com a chave do nosso carro e deixaram-nos para morrermos ali", recordam.
Tudo começou pelas 07h00, nas bombas da Repsol. "O Vítor foi tomar o pequeno-almoço e foi lá que se desentenderam. Eles foram buscar um pau para lhe bater. Ele reagiu e eles foram buscar as armas a casa e vieram ter aqui à nossa casa, na Companheira. Dispararam contra o carro e de seguida contra nós."
As vítimas foram hospitalizadas e os agressores fugiram. Um deles, de 28 anos, foi detido pela Judiciária. José Maria e Vítor não compreendem porque é que o suspeito foi libertado: "Nem sequer fomos chamados para fazer o reconhecimento, nem fomos ouvidos no tribunal", lamentaram.
O suspeito ficou sujeito a apresentações semanais. Está indiciado pelo crime de homicídio na forma tentada, em coautoria com o irmão, de 30 anos, que continua a ser procurado pela PJ.
(Fonte: Correio da Manhã)
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