sábado, 25 de abril de 2015

Super e hipermercados. Metro e Carris. TAP. Maio vai ser o mês das greves

O Metropolitano de Lisboa e a rodoviária Carris vão fazer greves de 24 horas contra a subconcessão das empresas a 12 e a 14 de maio, respetivamente, revelaram hoje fontes sindicais. Também o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE) anunciou hoje uma greve dos funcionários das empresas de distribuição para 1 de maio. E, já se sabia, entre 1 e 10 de maio os pilotos da TAP estarão paralisados. O próximo mês promete...
Veja todas as informações sobre as greves agendadas:

METROPOLITANO DE LISBOA
A 12 de maio o Metropolitano de Lisboa para 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa prevista pelo Governo, revelou Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
O Metropolitano agendou ainda outra greve, mas parcial, para a próxima terça-feira, entre as 06:30 e as 10:00.

CARRIS
Paulo Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores da Carris, confirmou que foi entregue um pré-aviso de greve de 24 horas para 14 de maio, último dia para apresentação de propostas pelos interessados em concorrer à subconcessão da empresa.
De acordo com o membro da CT da Carris, que já teve acesso ao caderno de encargos, de fora desta subconcessão ficam os elétricos, os elevadores e os ascensores.
"O caderno de encargos é omisso em relação a esta matéria. Para já, pensamos nós que devem ficar no âmbito da Carris, que não vai desaparecer", disse, salientando o potencial turístico dos elétricos e ascensores de Lisboa.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, anunciou no final de fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de julho.
A Carris e o Metro têm uma administração comum desde o início do ano, que partilham ainda com a Transtejo/Soflusa, mas esta última ficou fora desta proposta de concessão.

HIPER E SUPERMERCADOS
O Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE) marcou uma greve dos funcionários das empresas de distribuição para 1 de maio contra a redução dos salários e dos direitos e pelo respeito ao Dia do Trabalhador.
"O SITESE apresentou um pré-aviso de greve para permitir a todos os trabalhadores, nas mesmas condições, usufruírem do feriado que é de todos, da forma que entenderem", diz o sindicato, filiado na UGT, num comunicado.
No pré-aviso de greve, o SITESE fundamenta ainda o protesto com a necessidade de combater a precariedade no setor e a tentativa de redução das remunerações e dos direitos por parte das entidades patronais.
O Sindicato do Comércio e Serviços (CESP), filiado na CGTP, já decidira na terça-feira marcar greve para dia 01 de maio para os hipermercados e supermercados, em defesa de aumentos salariais e da melhoria das condições de trabalho.
A degradação das condições de trabalho, o aumento das exigências nas empresas e o congelamento salarial dos últimos cinco anos são, segundo o CESP, os principais motivos que levaram à marcação da greve.
Nos últimos anos, o CESP tem emitido pré-aviso de greve para o 1.º de Maio, para dar a possibilidade aos trabalhadores dos super e hipermercado de comemorarem o Dia do Trabalhador, mas, este ano, o objetivo da greve não será apenas esse "porque tem a ver com a situação laboral especifica destes" funcionários.

TAP
Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 01 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.
Ao contrário do que aconteceu na greve de dezembro do ano passado, desta vez o Governo não vai decretar requisição civil. O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu hoje ser importante que Portugal "não fique refém da obsessão dos pilotos da TAP", porque "há um país para além da direção dos sindicatos" da empresa. O presidente da TAP, por seu lado, mostrou-se ainda convencido de que a paralisação pode ainda vir a ser desconvocada.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) prevê que a adesão dos pilotos à greve chegue aos 90%, considerando que é um reflexo do sentimento de revolta dos trabalhadores com a discórdia entre os pilotos da companhia aérea e que cerca de um terço destes estão contra a paralisação.

Sem comentários:

Enviar um comentário