quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Desmantelada rede de prostituição com origem em Alverca

A PSP de Vila Franca de Xira desmantelou uma rede de prostituição que operava a partir de Alverca do Ribatejo. As autoridades detiveram duas mulheres envolvidas na rede, e constituíram arguidas mais duas mulheres e um homem, numa investigação que começou em Alverca e terminou em Portimão, local para onde eram transportadas as mulheres angariadas para prostituição.

A investigação, que teve início em Maio deste ano, resultou agora na detenção de duas mulheres de 23 e 45 anos de idade, por posse de armas proibidas, durante o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão emanados pelo Tribunal de Vila Franca de Xira. Foram ainda constituídas arguidas outras três pessoas (duas mulheres, com 20 anos e 45 anos de idade, residentes em Alverca do Ribatejo e em Portimão, respectivamente, e um homem com 39 anos de idade, residente em Portimão).

Juntamente com estas detenções foram apreendidos 9.360 euros, uma viatura Audi A8, vários telemóveis, computadores e outro material relacionado com o negócio da prostituição e lenocínio, três armas ilegais, um bastão extensível e dois sprays de gás pimenta.

O referido crime iniciou-se na área de Alverca do Ribatejo, onde uma das suspeitas angariava e aliciava raparigas maiores de idade para, supostamente, trabalharem em hotéis de luxo na zona de Portimão, para serviços de limpeza, recepção ou cozinha, oferecendo garantias de salários acima da média e boas condições de trabalho.

Posteriormente, após aceitarem a proposta de trabalho, eram encaminhadas pela suspeita até Lisboa, onde eram apresentadas a outro suspeito, o homem de 39 anos. Com boa aparência e fazendo-se transportar numa viatura de alta cilindrada, transportava as vítimas até Portimão, onde supostamente iriam trabalhar num hotel luxuoso.

Pelo caminho o suspeito informava as raparigas que a sua finalidade era a prostituição, ameaçando e coagindo as vítimas, de forma intimidatória, para garantir a sua permanência no local e que estas não fugiam. Em Portimão encontrava-se a companheira do suspeito, que recebia as raparigas, as apresentava aos locais e, através de classificados nos jornais, angariava clientes que recebiam num apartamento onde se praticava o crime.

De acordo com a PSP, há indícios de que o suspeito explorava as vítimas e não lhes restituía qualquer valor monetário pelos serviços de prostituição que estas prestavam aos clientes.

As suspeitas detidas, por posse de armas ilegais, foram notificadas para se apresentarem no Tribunal de Portimão, tendo lhes sido aplicada a medida de coacção de termo de identidade e residência. Todos aguardam agora julgamento.

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