sexta-feira, 13 de novembro de 2015

“Não existe nenhum surto de tuberculose” em Portimão, garante delegada regional de saúde

A delegada regional de Saúde Pública do Algarve esclarece que “não existe nenhum surto de tuberculose nem qualquer ameaça de saúde pública, quer para os profissionais de saúde do hospital de Portimão quer para a população em geral”.

Este esclarecimento surge na sequência de uma notícia veiculada pela agência Lusa e replicada posteriormente em diversos órgãos de comunicação social, onde o presidente do Conselho Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, José Carlos Gomes, denuncia que “10% dos enfermeiros do hospital de Portimão têm tuberculose”.

“Existe apenas um caso confirmado e declarado no SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) de Tuberculose Pulmonar, diagnosticada em maio de 2015, já em tratamento. Existe um segundo caso, ainda não confirmado analiticamente, mas também já em tratamento preventivo”, responde a Administração Regional de Saúde (ARS) no mesmo comunicado.

Os responsáveis da ARS realçam que “nenhum destes casos reporta a Tuberculose Pulmonar Multirresistente, como é afirmado, erradamente, pelo Presidente do Conselho Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, nas declarações à agência Lusa”.

“Os alegados casos, divulgados pela comunicação social no passado mês de agosto, são tuberculoses latentes. Apesar de fazerem tratamento profilático não são doentes, nem são, portanto, contabilizados em termos de incidência, pelo que a dimensão do problema não constitui uma ameaça à saúde pública”, sublinha a ARS do Algarve.

A ARS adianta ainda sobre estes casos que está a trabalhar em articulação com o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), tendo “já efetuado o rastreio de todos os voluntários do Hospital de Portimão que fazem apoio no fornecimento das refeições, bem como outros apoios, na Unidade de Cuidados Intensivos, tendo em consideração que não são profissionais desta unidade de saúde, sendo que o serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar do Algarve já rastreou todos os restantes profissionais”.

“Este tipo de afirmações, tal como o mesmo reconhece nas declarações à agência Lusa «sem confirmação» prévia junto das entidades competentes e responsáveis, apenas fomentam um desnecessário alarmismo social junto da população”, remata a ARS.

Entretanto, o CHA também já veio a público desmentir e repudiar as declarações de José Carlos Gomes e informou que dispõe de todas as condições para o tratamento dos doentes com tuberculose, nomeadamente “três salas de pressões negativas, as únicas que são aptas para um efetivo isolamento para doentes respiratórios, sendo por isso completamente desnecessária e descabida a ideia de qualquer outra sala de isolamento na urgência”.

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