Em marcha lenta, cerca de 200 viaturas protestaram ontem contra o estado de degradação em que se encontra a EN124, entre Silves e o Porto de Lagos. A iniciativa, que começou pelas 15h50, em Silves, partiu de um grupo de cidadãos, autodenominado ‘Utentes da EN124’, que exige a requalificação da estrada - considerada uma das principais vias de comunicação entre o litoral e o interior do barlavento algarvio. No entender dos manifestantes, "a EN124 canaliza grande parte do fluxo turístico no triângulo Silves - Monchique - Portimão" e, com as obras em curso na EN125, tem sido "uma via alternativa".
"Com este protesto, pretendemos demonstrar o nosso descontentamento pelo mau estado de conservação da EN124 e chamar à responsabilidade a Infraestruturas de Portugal, entidade com competências na estrada, que carece de obras urgentes", explicou David Marques, um do promotores da marcha lenta, que foi acompanhada pela GNR de Silves ao longo do trajecto.
Além do péssimo estado do piso, que já tem dado "origem a avarias em viaturas", a estrada entre Silves e o Porto de Lagos "apresenta vários pontões em risco de ruína", frisou ainda David Marques. Um desses pontões impede mesmo a circulação naquele troço da EN124 a viaturas com um peso superior a 20 toneladas, sob pena de a estrutura poder ruir.
"Isto é uma vergonha que não pode continuar", sublinhou o mesmo membro dos ‘Utentes da EN124’, que defendeu a necessidade de a Associação de Municípios do Algarve - AMAL se manifestar também "junto do Governo no sentido de intervir com urgência junto de todas as entidades com responsabilidades na via", de forma a que se possa avançar com "um plano de requalificação e conservação da EN124".
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