terça-feira, 10 de maio de 2016

Policia que espetou garfo no peito da ex-namorada em Portimão, começou a ser julgado hoje

Homicídio qualificado na forma tentada, ofensa à integridade física e violência doméstica. São estes os três crimes de que está acusado Bruno Alves, o agente da PSP que agrediu e esfaqueou a ex-namorada, em Portimão.
(Marcas das agressões ficaram nas paredes. Bruno Alves responde por três crimes. Flávia Maciel foi alvo de agressão violenta a 23 de Agosto de 2015)

A agressão violenta aconteceu no dia 23 de Agosto do ano passado.

O caso começou a ser julgado, nesta terça-feira, no Tribunal de Portimão.

Bruno Alves e Flávia Maciel mantiveram uma relação amorosa obsessiva durante um ano e, segundo a acusação do Ministério Público, os desentendimentos entre os dois foram frequentes até ao fim da relação.

O agente da PSP manifestou sempre muitos ciúmes e não aceitava a forma como a namorada, de nacionalidade brasileira, se vestia. A relação terminou e uma semana antes do ataque violento, numa tentativa de reconciliação, Flávia foi agredida com murros. Os colegas da PSP foram chamados.

Na semana seguinte, Bruno começou a ter comportamentos estranhos e a andar sempre armado. Até que invadiu a casa de Flávia, no edifício Pluma, em Portimão, depois de dar dois tiros na porta do apartamento. A vítima fugiu para uma marquise e pendurou-se do lado de fora da varanda, para não ser vista. Segundo o Ministério Público, o agente tentou que ela caísse do 10º andar, apontou-lhe a arma à cabeça e premiu o gatilho, mas a pistola encravou. Flávia conseguiu regressar à marquise, com a ajuda de uma colega de casa, e Bruno ainda lhe apontou novamente a arma, que não voltou a disparar.

O agente da PSP pegou depois em facas de cozinha e esfaqueou a ex-companheira no abdómen, braço e perna esquerda. Agarrou depois num garfo e espetou-o várias vezes no corpo de Flávia, principalmente na zona do peito. Depois das agressões, o polícia sentou-se em cima da vítima, abraçou-a e pediu água. Foi detido por um colega momentos depois.





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