segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Algarve vai ter 23 novos hotéis em 2017

Ao todo são 23 os novos projectos hoteleiros previstos para o Algarve, 13 dos quais são construção nova e os restantes 10 fruto de intervenções de reabilitação. A este cenário juntam-se os dados da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) que confirma o bom momento turístico, e sobretudo hoteleiro, que a região atravessa.

A esmagadora maioria das unidades hoteleiras em pipeline correspondem a unidades de três estrelas ou a categorias inferiores. Apenas seis dos novos hotéis serão de quatro estrelas ou categoria superior e localizam-se na região do Algarve, dois situam-se em Lagos e os restantes em Lagoa, Loulé, Portimão e Silves.

Também é no Algarve que se localizam os projectos hoteleiros de maiores dimensões: em Portimão surge um empreendimento com cerca de 5.600 m2 e em Silves o projecto conta com 5.100 m2. Já os projectos de Lagoa e Loulé têm aproximadamente 4.000 m2 cada. Três destes hotéis resultam de construção nova e apenas um é fruto de obras de reabilitação.

Refira-se que estes dados foram avançados pela Confidencial Imobiliário e têm como base a análise dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE, em 2015 e 2016.

Este cenário de investimento hoteleiro no Algarve vai ao encontro das notícias optimistas divulgadas pela AHETA que dão conta que a taxa de ocupação hoteleira média no Algarve, em 2016, registou um aumento na ordem dos 7% relativamente ao ano anterior e em que o mercado britânico promoveu o maior aumento ao nível do número de turistas.

De acordo com esta associação, no ano transacto, a taxa de ocupação média anual situou-se nos 64,4%, tendo o volume de negócios ascendido a 13,2%, tal revela “uma recuperação dos preços praticados, muito esmagados desde a crise internacional de 2008”.

Ao nível de alojamento, o Algarve recebeu 3,9 milhões de turistas, dos quais cerca de um milhão foram nacionais, e obteve mais de 19,5 milhões de dormidas. Estes valores sobem quando se tem em linha de conta todos os meios de alojamento, classificados e não classificados oficialmente, segundas residências, casas de familiares e amigos, chegando aos 6,8 milhões de turistas, perfazendo num total de 34 milhões de dormidas.

Em destaque estão os hotéis de quatro estrelas, os aldeamentos e os apartamentos turísticos de cinco e quatro estrelas, enquanto os hotéis de cinco estrelas mantiveram as taxas de ocupação. Já o RevPar (rendimento por quarto disponível ) melhorou 17,7% para 46,2 euros por dia, durante o ano de 2016, tendo as receitas directas resultantes da facturação com o alojamento ascendido a cerca de 670 milhões de euros em toda a região.

Em comunicado a AHETA refere igualmente que o mercado britânico continua a ser o maior emissor de turistas, registando um aumento de 14,7%. Foi verificado igualmente um aumento nos restantes mercados externos; mau grado, o número de turistas nacionais e espanhóis desceu de 9,5% e 10,4% respectivamente.

Para 2017, a associação avança que “as previsões apontam para um crescimento de 3,1% nas taxas de ocupação e de 6,1% no volume de negócios, uma consequência directa de um aumento médio dos preços em 3% por cento”. Assim, tudo indica que as empresas hoteleiras do Algarve atinjam este ano e “pela primeira vez desde o virar do século, taxas de ocupação por ano próximas dos 65%”.

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