terça-feira, 12 de maio de 2015

Cinco enfermeiros do Hospital de Portimão com Tuberculose Latente -SEP

Segundo a Direcção Regional de Faro do SEP - Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, "passados 6 meses é que se conhece o resultado dos exames de rastreio".
 
O SEP lembra que sobre este assunto, o Secretário de Estado Leal da Costa disse em Fevereiro, na Comissão Parlamentar de Saúde que “o Hospital de Faro sabe o que tem de fazer e que nos resta esperar que faça aquilo que tem de fazer em contextos deste género [de acordo com as normas estabelecidas pela DGS]”
 
O SEP diz que o Centro Hospitalar do Algarve, teve conhecimento da situação a 31 outubro 2014, e "só meio ano depois concluiu a avaliação de risco".
 
O Sindicato dos Enfermeiros, adianta que o Secretário de Estado "deveria ter tomado as devidas diligências para averiguar o que foi feito nesta situação e noutras semelhantes, uma vez que está em risco não só a saúde dos profissionais (que só agora iniciarão a medicação com a duração de 6 meses), mas um possível contágio às suas famílias e aos doentes".
 
A falta de profissionais de saúde e materiais (inclusive Equipamento de Protecção Individual (EPI)) nas instituições e a falta de consultas e exames periódicos bianuais de acordo com a Lei 102/2009, levam a que os acidentes profissionais e doenças de trabalho aumentem, frisa o mesmo Sindicato, "nem mesmo as baixas que têm existido por lesões musculo esqueléticas levaram a que o CHA providenciasse médicos de trabalho para a quantidade de trabalhadores que detém".
 
Já em 2012, o SEP recorda, que no decorrer da Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais, a ACT (autoridade para as condições de trabalho) constatou que não existia médico do trabalho no Hospital de Portimão e que também os trabalhadores da ARS Algarve/Centros de Saúde não têm médico de trabalho.
 
O SEP deu conhecimento desta situação à Inspeção Geral de Actividades em Saúde, que se encontra a investigar, e à Direção Geral de Saúde.

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