“Vamos iniciar em setembro um curso para inspetores que estará concluído no próximo ano”. Devido às suas especificidades os Açores precisam de “atenção especial” ao nível do reforço de meios, assim como o Algarve, por ser “talvez a região do país com mais necessidades”.
O diretor nacional do SEF falava após uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, no âmbito de uma deslocação ao arquipélago, onde visitará as ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial, para “conhecer melhor a realidade” local.
Sem quantificar qual o número de inspetores necessários para colmatar a lacuna existente nos Açores, António Beça Pereira revelou que, atualmente, o SEF conta com 40 inspetores ao serviço no arquipélago.
O novo curso para inspetores do SEF será frequentado por 45 formandos nacionais, acrescido de formandos dos países africanos de língua oficial portuguesa, um número que António Beça Pereira considerou ser “o possível”, cita a Lusa.
“A decisão é anterior à minha tomada de posse. Já será um número suficientemente confortável para ultrapassar algumas dificuldades que vivemos, principalmente no verão”, referiu o diretor nacional do SEF, acrescentando ser o período do ano em que os fluxos turísticos são maiores e onde há mais necessidade de controlar as entradas e saídas do país.
Para o presidente do Governo Regional dos Açores, a questão da falta de recursos no SEF é “premente”, manifestando esperança de que o curso planeado possa contribuir para reforçar as condições do desempenho desta função na região, que tem “desafios particulares”.
“Os Açores apresentam desafios particulares nesse domínio. A nossa natureza arquipelágica é a prova mais evidente de que isso é assim, mas estamos convencidos que há essa intenção e consciência (de reforço de meios humanos) quanto às necessidades que numa região como os Açores se colocam”, afirmou Vasco Cordeiro.
À semelhança do que tem vindo a acontecer com a PSP e GNR, o chefe do executivo açoriano manifestou disponibilidade para celebrar com o SEF protocolos, possibilitando um melhor apetrechamento material do serviço no arquipélago que contribua para melhorar o desempenho dos inspetores nas ilhas.
“O Governo Regional está disponível para tudo aquilo que da parte do SEF for entendido como necessário para ajudar ao cumprimento dessa função ou que esteja dentro das nossas disponibilidades, pois naturalmente que temos todo o gosto em poder ajudar”, disse Vasco Cordeiro, uma ajuda que o diretor nacional do SEF não descartou.
“É uma porta que não queremos ver fechada. Se tivermos essa necessidade bateremos a essa porta”, afirmou António Beça Pereira.
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